sexta-feira, 19 de junho de 2009

Para evitar a deterioração da imagem do governo militar perante a sociedade era comum os meios da imprensa
divulgarem casos de atropelamentos, suicídios, tentativa de fuga e principalmente o
desaparecimento de presos.
A Igreja passou a criticar sistematicamente a prática de tortura exercida pelo regime
militar: “O concílio do Vaticano II (1963-1965), em sua Constituição Graudium et Spes, declara
que “tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, as torturas físicas ou
morais e as tentativas de dominação psicológica, são efetivamente dignas de censura, [...]”
(BRASIL; NUNCA MAIS, 1985, p. 290). Seguindo a orientação do Papa João XXIII, os
católicos brasileiros se posicionam firmemente contra Estado opressor.
O período que vai de 1968-1975, representa o auge no conflito entre o Estado militar e
os membros da Igreja Católica. O general Médici no final do seu governo e seu sucessor na
presidência do Brasil, Ernesto Geisel, procuram retomar o diálogo com o clero, o que contribuiu
para o estreitamento das relações entre os militares e os católicos, além disso, outro fator que
contribuiu para amenizar o confronto foi à nova linha política adotada por Geisel. Numa tentativa
de recuperar o prestígio do regime, tem-se início um período de cadenciadas medidas de abertura política.

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