terça-feira, 16 de junho de 2009

Conflito

Um novo engajamento católico se consolida mediante a declaração do Concílio do
Vaticano II e a II Conferência Geral do Episcopado latino-americano. A partir de então é
crescente o conflito entre religiosos e militares. A Igreja Católica desencadeia uma série de
críticas ao governo ditatorial, que responde com forte repressão, ocasião em que, vários padres e
sacerdotes que atuavam na mobilização e conscientização da sociedade, são presos e torturados
acusados de subversão.
Os anos do governo de Goulart assistiram um largo crescimento das lutas populares e o
conflito com a resistência conservadora se ampliava na mesma medida. Esse aumento das
reivindicações por reformas estruturais se concentrou principalmente depois da queda do
parlamentarismo, mediante a vitória do presidencialismo em um plebiscito realizado em meados
de 1963. O 13 de março daquele ano ficou marcado pelo comício da Central, no qual, Jango num discurso inflamado assume uma política de reformas. Em sua fala Goulart criticou o anticomunismo e também se manifestou contra a utilização de símbolos religiosos como instrumentos políticos de oposição a seu governo, o que alarmou a direita conservadora, religiosos e militares contra o perigo de uma república comunista.

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